Biografia de Karina Carandina
Minha história começa com desafios que moldaram quem sou hoje, compartilho minha trajetória de superação, aprendizados e as lições que me levaram a ajudar outras pessoas em suas carreiras. Quem sabe, seja um empurrãozinho para escrever sua própria história.
HISTÓRIASBLOG
Karina Carandina
Nasci para adorar ao Senhor!
Casada com Valteci Ferreira e mãe de Beatriz.
Empresária desde os 16 anos e Mentora na área do empreendedorismo.
Nascida em 16 de setembro de 1980, Capital de São Paulo - Brasil, filha de Dorvalino e Zirlei e com uma única irmã, sendo eu a primogênita, tenho uma vida farta em amor e família.
Muito nova em meio a vida simples e sofrida de meus pais nascia o meu desejo profissional em prosperar como empreendedora. No ano de 1996 em parceria com hoje meu esposo, fundamos nossa primeira empresa Doce Imagem foto e vídeo, após 20 anos de trajetória, mudamos de nicho, para o e-commerce, uma experiência excepcional.
Neste processo me tornei investidora na bolsa de valores e no ramo da construção civil em Atibaia – SP onde moro atualmente. Um sonho realizado. Como empresária desenvolvi grandes habilidades e vasto conhecimento em desenvolvimento e gerenciamento de empresas.
Nossa história é composta de resiliência, persistência e fé, construímos uma linda família e conquistamos muitos de nossos sonhos, mas não para por ai...
Atualmente eu e meu esposo desenvolvemos a empresa Criar e Postar Assessoria para empreendedoras que desejam crescer seus negócios.
Compreendemos as necessidades de pequenos empresários, os orientamos e caminhamos em parceria com eles oferecendo toda a expertise de mais de 25 anos atuando no ramo.
Com grandes sonhos e objetivos para alcançar, tenho apoio do meu marido e minha filha, que segue no caminho da fé.
O meu DESEJO ARDENTE, é ver empreendedores transformando suas vidas através de seus negócios, assim como eu transformei a minha, para isso meu lema é:
“NADA ME PÁRA!”
@karinacarandinaoficial
Depoimento
Gratidão ao Pai por me guiar por todos os vales da vida. Por onde passo busco deixar sementes que possam florescer, no projeto Terapeuta do Futuro espero ter semeado sementes de amor, compaixão, dedicação e resiliência. Gratidão as terapeutas que abriram seus corações para me receber e por tudo que tenho aprendido através delas.
Capítulo 01
raízes
Passos alegria de viver
Sou a primogênita, uma criança esperada por toda a família, cheia de alegria. Pai farmacêutico durante boa parte da sua vida, mãe dona de casa, mas sempre praticava atividades de vendas informais, roupas, doces e outros.
Meu pai foi um bom homem, não sabia dizer não, minha mãe era mais rígida e reservada, assumia esse papel para que pudesse manter o equilíbrio familiar, a constituição família para minha mãe sempre foi sua prioridade.
Alguns momentos bons e ruins prevaleceram em minha mente, os dias de jogos de baralho com toda a família reunida na casa dos meus avós maternos, lá estava eu brincando de casinha, debaixo da mesa, brinquedos do momento que ganhava como o gordo e o magro, minha primeira bicicleta que me deixou cicatrizes até hoje de tanto cair, as balas que meu avô guardava no bolso só para me dar todas as vezes que me via. Lembro-me com água na boca, do sabor da pizza de calabresa que meu pai nos levava para comer em uma pizzaria do bairro. Assim como havia dias bons havia os momentos difíceis, uma vida estava acontecendo.
Em meio a muitos momentos de brigas entre meus pais, um ficou registrado em minha mente, somente hoje dentro do processo terapêutico entendi que transformei em combustível para que eu nunca deixasse isso acontecer em meu casamento. Tinha cerca de 6 anos, me lembro de minha irmã estar nos braços de minha mãe e eu saí no portão e fiquei lá fora ouvindo os gritos e acusações dos dois, minha irmã ainda bebê, chorava nos braços de minha mãe e meu pai arrumando as malas para sair de casa.
Nesse episódio de briga ele passou alguns dias dormindo no carro fora de casa, mas para minha mãe a família vinha primeiro. As brigas sempre se iniciavam pelo vício da bebida ou pela bondade dele. Costumávamos dizer que ele tirava a roupa do corpo para dar para as pessoas, mas o problema é que minha mãe tinha que controlar as coisas para que nada faltasse em nossa casa. Tudo que é desequilibrado se transforma em um problema.
Após trabalhar mais de 20 anos como farmacêutico, meu pai se desligou da área, com o sonho de morar no interior, algum tempo depois, minha mãe aceitou a mudança acreditando em dias melhores, onde permanecemos por 5 anos em Hortolândia interior de SP. Ali foi construído memórias, que só agora entendo o porquê gosto tanto de morar em Atibaia, também Interior de S.P.
Para mim, formam anos difíceis, mas com memórias incríveis, para minha mãe, os primeiros tempos pareciam ser maravilhosos, mas logo depois os problemas com a bebida voltaram a acontecer. Meu pai trabalhou de cobrador de ônibus e logo depois passou para motorista, eu adorava brincar dentro do ônibus que muitas vezes levava para casa para limpar.
Mudamos para uma casa inicialmente confortável, mas logo com o meu pai não sendo estável nos empregos e a bebida dominando, tivemos que dividir parte da casa que já era pequena, sublocando-a gerando renda para sobrevivermos.
Nessa época lembro-me que eu e minha irmã tínhamos 2 caminhas lindas e uma penteadeira, nosso quarto parecia de bonecas, minha irmã era uma princesinha loira de cabelos encaracolados, minha mãe sofreu muito com ela, ela chorava em demasia e não conseguíamos descobrir o que ela tinha. Aparentemente tudo parecia bem e com essas situações eu fui crescendo, adorava brincar de escolinha com ela, colocava ela sentadinha na cadeira e ensinava, escrevendo na lousa ainda de giz.
Momentos como: eu balançando na rede que ficava pendurada entre dois pés de manga, com meu pai, ouvindo moda de viola; eu no meio do milharal e pés de mandioca que eles plantavam para comermos, comendo cenoura tirada direto da terra, se instalaram em minha mente, mas um em particular creio que mudou toda a minha história.
Em meio a vida que parecia difícil, mas feliz, outra cena se instalou em minha mente, uma vizinha doou um saco de verduras para alimentar nossas galinhas, e ver minha mãe sobre o saco de verduras espalhando-as no chão e retirando as melhores folhas de alface para nós comermos. Aquela cena sempre foi o meu combustível para chegar onde estou.
Em uma época bem escassa, eu acordava as 4h da madrugada, limpava aquela pequena casa de 2 quartos onde minha irmã dormia com meus pais e eu dormia em um sofá marrom virado para a parede, para que eu não caísse, pois todas as nossas coisas estavam aglomeradas devido termos dividido a casa, não havia mais sala nem banheiro, o banheiro ficava fora da casa e o quarto também era a sala, limpava em silêncio, aquele piso verde brilhante que se lustrava com escovão, pois sabia que ao acordar eles teriam que ir trabalhar na construção de uma casa pequena que estavam construindo com suas próprias mãos para que pudessem gerar outra renda para nós. Fazia ki suco e debaixo daquele sol escaldante era o meu prazer levar até eles.
Na escola sempre fui muito só e sofri bullying devido meu dente ser muito para frente me chamavam de dentão, dentuça, monica e outros. Fui crescendo, em meio a essas transições, sempre tive o espírito aventureiro, havia um terreno deserto e lá estava eu me aventurando em escaladas no terreno, carinho e amor da família sempre foram a minha base.
Descobertas Maturidade Juvenil
Estava com 13 anos quando meus pais decidiram voltar para São Paulo, o trabalho já não existia mais para meu pai, agora ele se afundava na bebida em um bar que havia perto de casa, meus pais nunca se agrediram fisicamente, mais tarde, compreendi que a forma de comunicação deles muitas vezes era através das discussões alteradas, mas na minha visão eu não gostava e essa foi mais uma marca que carreguei, nunca havia pensado sobre isso até estar envolta por terapeutas, que me fizeram pensar nos mecanismos de defesa que eu mesma criei dentro de mim.
Nessa transição, para que eu pudesse finalizar o ano letivo, fui morar na casa dos meus avós que também vieram morar em Hortolândia – SP por um período.
Quando cheguei de volta para casa, em São Paulo, minha mãe fazia o que podia para sobreviver, cuidava de criança, fazia limpeza.
Até que meu pai conseguiu emprego como motorista em uma empresa de ônibus, com isso ele perdia alguns dias de comemorações como por exemplo natal ou ano novo, minha família sempre esteve muito presente, lembro-me que a melhor época do ano eram: meu aniversário que minha tia me levava até o Brás para comprar roupas novas, o Natal e o Ano novo, sempre nos reunimos na casa dos meus avós maternos, eu amava a coxinha amanhecida da minha tia Dinha.
A permanência do meu pai na empresa durou pouco, devido a bebida sempre prevalecer, voltamos ao desemprego.
Minha mãe sempre foi muito rígida, por muitas vezes havia julgamento pela dureza dela, pois meu pai era o oposto, hoje entendo que só estava nos protegendo, pois, não havia estabilidade com meu pai e uma mulher precisa se sentir segura com seu marido.
Nesta época aos finais de semana íamos visitar meus avós, e eu me sentia confortável em voltar para Hortolândia, tempos da adolescência que aproveitei muito, meu avô e suas plantações de verduras, ver sua criação de codorninhas nascendo, diversas travessuras, agora eu era a menina importante da turma, que vinha de São Paulo, a cidade grande. Os finais de semana eram intensos, em uma época meu tio teve lanchonete e eu ajudava nos atendimentos, eram bailes do interior, as danças de lambada eram garantidas, muitas brincadeiras, me diverti e fiz tudo que uma adolescente faz.
Quando meus avós voltaram a morar em São Paulo, tudo isso acabou. Mas uma nova etapa estava começando em minha vida. Foi aí que uma figura importante mudou o meu destino, minha tia Lenira, muito nova eu também fazia trabalho informal, pois aquela antiga imagem da infância de minha mãe escolhendo as folhas de alface no chão, permaneceu adormecido em meu inconsciente, eu cuidava da minha prima durante a semana para minha tia trabalhar.
Aos finais de semana minha tia filmava festas e eu iluminava para ela, foi uma época que sofria muito por conta dos meus pés, tenho joanete e ter que usar sapatos fechados me faziam bolhas e ficavam em carne viva. Não tinha dinheiro para comprar sapatos confortáveis. Lembro-me até hoje iniciei ganhando R$10,00 por evento. Foi aí que conheci meu marido, como patrão, minha tia trabalhava para ele e para o irmão dele que eram do mesmo ramo, e eu consecutivamente.
Nesse ambiente, fui amadurecendo, meu pai sempre apoiava tudo que eu fazia, ele era o sonhador e sempre dizia um dia vou ter meu próprio negócio, mas todos que tentaram da família, até aquele momento, nunca haviam tido sucesso. Meus tios abriam e fechavam negócios, meu pai trabalhava por um tempo com registro, mas logo voltava a prática do trabalho informal, ele nunca ficou parado, sempre estava aprendendo algo novo para fazer, mas não havia constância.
Meu primeiro emprego formal foi em um escritório de contabilidade, aí já se desenhava minhas aptidões, aprendi a organizar arquivos, fiquei por 3 meses.
Os traços do empreendedorismo começaram a aparecer. Conheci um rapaz e começamos a namorar, iniciamos uma empresa, vendíamos os famosos bipes na época, mas logo percebi que não daria certo por mais que eu tentasse.
Houve uma situação em que com nosso primeiro lucro, ele preferiu comprar um doce para sua mãe ao pagar uma dívida que tínhamos com minha tia que estava nos ajudando naquela empresa, foi uma questão de tempo para eu acabar com o relacionamento, mesmo com pouca idade (15 anos), já tinha uma certa maturidade. Mas aquela empresa chamada Five Star, mesmo fechando em tão pouco tempo, foi o meu primeiro encontro com aquilo que eu queria fazer por toda a minha vida, que era ser empresária.
Mas ainda sem condições, trabalhando durante a semana em uma corretora de seguros, meus patrões foram inspiração para mim, em meus negócios, como marido e esposa trabalhando juntos, ali nasceu uma chama com a crença de que os negócios próprios podem dar certo e que sim, marido e mulher podem trabalhar juntos.
Neste período, aos finais de semana trabalhava nas festas fazendo os freelancers de iluminação com minha tia, foi aí que um destino diferente se desenhava. Ao nos buscar para o evento, em um diálogo entre meu agora esposo e minha tia, ela disse a ele:
- A Karina está namorando um rapaz, lindo loiro, alto, de olhos azuis.
Sem perceber que apenas duas frases mudariam a nossa trajetória, eu sentada no bando de traz do carro, ele me olhou pelo retrovisor e disse:
- Ah, então eu, um moreno alto de olhos castanhos, não tenho chance!
Eu retruquei imediatamente:
- Por que não, quem sabe?! Com um tom de flert.
Dizemos que nosso cupido foi minha tia, aquele dia fez tanto sentido para nós que ele lembra de detalhes como a cor da roupa que eu vestia, uma calça bailarina azul clara e uma blusa branca.
Após aquele diálogo de 2 frases, tudo mudou em nosso inconsciente, foi como se nossos olhos se abrissem um para o outro, já nos conhecíamos há muito tempo, mas tanto eu quanto ele éramos comprometidos, e ele, tinha um relacionamento de 10 anos, então, iniciamos uma amizade linda, ao qual sempre havia muito respeito de ambas as partes, nesse período ele me buscava na escola, com a desculpa de que estava fazendo curso ali por perto, eu aceitava a carona, afinal era tarde da noite e eu teria que ir de ônibus para casa sozinha, estudava técnico em Administração de Empresas em um colégio afastado de casa.
Passaram-se exatos 9 meses de grande amizade, era mês de festa junina, em uma tarde, eu finalmente decidi terminar meu relacionamento e naquele mesmo dia, liguei para o meu “amigo” e disse:
- Eu terminei meu relacionamento.
Era dia de festa junina na igreja do bairro, ele perguntou:
- Você está bem? E continuou:
-Me encontra na porta da igreja no início da noite.
Ele havia chego e ainda dentro de seu carro, eu pela janela dei um beijo de selinho nele! Esse foi nosso primeiro beijo.
No dia seguinte, ele terminou o relacionamento dele, mas não era tão simples assim, sair de um relacionamento de 10 anos, minha família não aprovava pois eu tinha apenas 16 anos e ele 26, como ele era muito amigo da minha tia, ele chamou minha mãe para conversar na casa da minha tia, conversaram e minha mãe disse, você precisa pedir permissão para o pai dela, se ele permitir, tudo bem eu aprovo o relacionamento de vocês.
Passaram-se alguns dias e no fim de semana, ele apareceu em casa, lembro-me, eu e minha mãe atras da porta, ouvindo a conversa, meu pai, deitado na rede, um vizinho sentado ao lado acompanhando o desfecho.
Ele diz:
- Seu Nino eu vim pedir a mão da sua filha em namoro.
Meu pai, pego de surpresa, continuou no sossego dele e disse:
- O mundo não tem porta nem janela! Só não bagunça com a minha filha que eu te pego!
Não sei bem até hoje se meu esposo entendeu as parábolas do meu pai naquele momento, mas para mim e para minha mãe ele estar ali pedindo a minha mão em namoro em uma época que já não se praticava mais pedidos de namoro, era considerado brega e sem necessidade, estávamos muito felizes era um sinal de suas verdadeiras intensões para comigo.
O sonho de todos os pais, que tem filhas meninas é que encontrem um marido respeitoso para com elas e com a família, um simples pedido de namoro ou levar ao altar e entregar seu bem mais precioso para ser cuidado por outro, tem um peso de responsabilidade muito grande. Assim durou nosso namoro 7 anos.
Ainda trabalhando na corretora de seguros durante a semana, por um período aos finais de semana quando não tínhamos festas de casamento, havia uma feirinha no shopping de Mogi das Cruzes, montávamos uma barraca e vendíamos bolsas e carteiras, ali passamos dias difíceis, um frio que doía os ossos. Algum tempo depois de namoro, sai do trabalho, contra todos da família que dizia: nossa família não serve para ter negócio próprio.
Mas ele me apoiava, dias depois criamos nossa primeira empresa juntos a Doce Imagem Foto e Video direcionada ao público infantil. Era latente em mim o desejo de ser empresária e eu estava disposta a sacrificar tudo em prol desse desafio.
Não tive uma juventude comum, enquanto os jovens estavam se divertindo nas baladas eu estava trabalhando nas festas. Mas faria tudo novamente para chegar aonde estou hoje, não cultivei arrependimentos em meu coração, penso que nossas decisões moldam nossos destinos e temos que assumir as nossas decisões, certas ou erradas, foram nossas as decisões.
A cena que me marcou como um combustível para que nada pudesse me parar foi o dia em que ele sentado no quintal de sua casa, disse: Eu sou um fracasso, ninguém acredita em mim. Tivemos alguns episódios que o fizeram chegar a esse ponto, mas é história para um outro dia. No entanto eu repliquei: Eu acredito, e vamos conseguir juntos!
Essa foi a aliança entre nós, e os céus se abriram naquele momento e houve a benção de Deus para conosco. Ninguém disse que seria fácil, ninguém disse que não haveria sacrifício, estávamos unindo a minha juventude e sede de crescer com a experiência e sabedoria dele.
Sempre fui muito intensa, estávamos desacreditados tanto por parte da minha família, que não cria em negócios próprios prósperos, quanto por parte da dele que já havia marcas de derrotas, mas, mesmo assim, a mãe dele nos cedeu um quartinho da sua casa para iniciarmos nossa jornada.
O único que nunca duvidou foi meu pai, que dizia “ Soca Porva ” talvez por inconsequência, pois muitas vezes ele não vivia na realidade da vida devido a bebida, mas uma coisa era fato, ele era um sonhador e me ensinou a sonhar com ele, trabalhava duro em tudo, estava sempre aprendendo um trabalho novo, se moldava para pertencer, mas infelizmente a escolha pela bebida e a ignorância, roubou um destino lindo que creio em meu coração que seria o dele, de um médico brilhante.
Ele olhada para uma pessoa dizia o que ela tinha, medicava e funcionava imediatamente, era um dom, que infelizmente não foi regado e cultivado.
Aos 17 iniciei minha jornada empreendedora e já havia passado pela experiência de um negócio malsucedido. Mas aquela chance eu não à deixaria passar facilmente. Deus enviou o barco e eu pulei e agarrei tão forte que durou por 20 anos!
Navegamos em águas profundas, vendavais, tsunâmis, mas estávamos firmes em nosso propósito.
Trabalhávamos de segunda a segunda em nossa pequena empresa, estruturando, sendo, patrão, funcionário, freelancer, tudo que fosse necessário, aprendíamos e executávamos, nunca reclamamos, conhecemos lugares maravilhosos, jantares do Rotary Clube no terraço Itália, figuras famosas, jogadores de futebol que eram nossos clientes.
A empresa crescia, assim como nosso relacionamento se fortalecia. Sou grata pelo espaço que minha sogra nos ofertou para iniciarmos e não à desapontamos, dois anos depois a empresa crescia e montamos nosso escritório em uma região mais nobre, próximo aos buffets que trabalhávamos, agora já estava na hora de dividir as tarefas com colaboradores.
Colocávamos um video cacete debaixo do braço e batíamos de porta em porta nos buffets da região pedindo uma oportunidade para nos indicar para seus clientes. Buffet Mãos de Fadas e Caramelos foram nossos dois primeiros parceiros que abriram portas para grandes jornadas. Mais tarde quando esse ciclo se finalizou e estávamos em busca de voos mais altos, mudamos para uma outra região, e o Buffet Aquarela e Arrelia Rock foram os principais protagonistas que abriram muitas outras portas. Somos gratos aos proprietários pela oportunidade.
Iniciamos um novo ciclo de crescimento desenvolvimento e lapidação do nosso negócio e consecutivamente do nosso relacionamento.
Passado um tempo já não éramos mais uma dúvida para a família, passamos a ser a certeza de um negócio de sucesso. Presenciavam a nossa perseverança, persistência e dedicação em “fazer até dar certo”. Enfrentávamos os problemas, e éramos criativos para nos lançar, sempre experimentando novos desafios, lembro-me que em uma época que filmávamos formaturas e minha mãe ajudava a replicar as fitas cassetes em casa.
Sempre valorizávamos a experiência do cliente, em uma época desenvolvemos um álbum com caixa musical, a mãe abria a caixa do álbum do filho e tocava música de ninar, tudo em prol de ser um diferencial no mercado, a primeira impressão ao entrar em nosso escritório era a de um conto de fadas, caminhava por um tapete vermelho que levava-o até a mesa para ser atendido, um leve som do musical da Disney tocava e servíamos capuccino e petiscos, o momento que ele vivia já era especial afinal estava ali para nos contratar para registrar uma comemoração, mas queríamos que fosse mágico e inesquecível também. Com isso nos destacávamos no mercado.
Sofremos também alguns golpes, pela inocência, pagávamos parcelas para uma cooperativa para comprar nossa casa, mas nunca recebemos, isso fez com que permanecêssemos um certo tempo a mais em nosso namoro. Afinal queríamos nos casar com nossa casa própria.
Próximo do nosso casamento, fechamos grandes negócios para gravação de treinamento empresarial, com isso mobiliamos toda nossa casa. Minha família sempre nos ajudou e sempre que precisávamos eles nos emprestavam, quitamos nossa casa rapidamente.
Capítulo 02
feridas emocionais
Queda libertação e morte
Nesse processo após 7 anos compramos nossa primeira casa em Guarulhos, nos casamos em 21/02/2024, no dia do nosso casamento comemoramos também os 25 anos de casados dos meus pais que havia sido no mesmo mês, foi um marco presentear meus pais em meu casamento com a troca de alianças como surpresa, assim eu e meu esposo iniciamos a constituição da nossa família.
Nosso relacionamento sempre foi saudável, evoluímos como casal e como sócios, morar longe da família no começo da nossa vida a dois, foi uma decisão bem difícil para mim, sou aquela que adora casa cheia, digo que em casa é só chegar para tomar um café, igual casa de vó, mas foi necessário morarmos mais afastados da família e isso fortaleceu ainda mais nosso relacionamento.
Alguns anos se passaram e aquilo que considero ser a queda em minha vida, veio com a notícia da doença incurável de meu pai e nesse processo a morte inesperada de minha mãe.
Em minha conversão, para a igreja Bíblica da Paz, meu único pedido a Deus era que meu pai se livrasse do vício da bebida, eu e minha mãe já havia tentado de tudo e após exatos 4 meses, aconteceu que fomos a um médico fazer exames neurológicos em meu pai e eu gravida, tomando café em um bar com ele, disse:
-Meu único desejo pai, é que você parasse de beber, que minha filha nunca visse o avô bêbado. Ele me disse, eu paro agora, nunca mais colocarei uma gota de álcool na boca. E assim foi.
Tempos de calmaria para meus pais, eles viajaram para a casa de vários familiares pelo Brasil à medida que a doença avançava, minha mãe ficou maravilhada pelo cuidado e carinho que os parentes estavam tendo com ele, ela sempre firme ao lado dele não permitindo que lhe faltasse esperança.
Eu grávida já de 8 meses, estávamos todos da família muito ansiosos aguardando a chegada de Beatriz, nesse tempo, meu avô materno veio a falecer, éramos muito próximos, anos antes, presenciei meus avós paternos falecerem de câncer, apesar de não sermos tão próximos, a experiência de vê-los em seus últimos dias foi impactante, o câncer é uma doença avassalador.
Devido a nossa responsabilidade com os eventos da nossa empresa, meu marido não pode ver minha filha nascer, como meu parto foi normal, não sabíamos o dia que iria acontecer, tive uma gestação muito tranquila, trabalhei até o último dia, aliás no dia do nascimento dela tivemos que contratar um freelancer pois eu estava na escala de trabalho.
Isso faz parte de grandes decisões que um empresário precisa fazer e muitas vezes não tem a coragem para arcar com as consequências das suas decisões. Ele ficou aguardando até as 10:45hs e ela não nascia, as 11:05 do dia 01/12/2007 ela nasceu, minha mãe assistiu o nascimento, foi muito emocionante para ela e mesmo sendo frustrante para meu marido não poder vê-la nascer, acredito que Deus tinha um plano perfeito, pouco tempo antes minha mãe havia sido diagnosticada com depressão profunda e pela nossa ignorância não soubemos como lidar com isso.
Na época nosso escritório era em uma sala pequena em um prédio no Tatuapé, mas não seria possível permanecer lá com a chegada da bebê, e Deus preparou um lugar para nós. Próximo do nascimento dela meu esposo foi cobrir um evento no Buffet Arrelia Rock nosso parceiro, e lá estava, bem de frente, o nosso novo escritório, ele comportava a chegada da nossa bebê, em dois meses meu esposo preparou todo o ambiente, enquanto isso ela recém-nascida, eu trabalhava nas edições dos vídeos em casa. Com dois meses, lá estava ela trabalhando conosco, sentindo os prazeres e as dores de ser filha de empresários. Mas, estava conosco.
Após três anos do nascimento de minha filha, nosso negócio sempre prosperando, era o momento de morar mais próximo do nosso escritório, então mudamos para uma cobertura na Vila Carrão, um presente de Deus para nossa vida.
Foi um período mágico, ainda trabalhávamos muito duro, nunca foi fácil, meu esposo com muita sabedoria me permitia amadurecer, crescer e avançar, como todo casal, havia divergências, ainda mais pela diferença grande de idade, mas meu esposo sempre ressaltava minhas qualidades e preservava a minha essência. Então hoje parte do que sou foi porque ele permitiu que minha luz brilhasse e não me ofuscou em meu crescimento.
Morando próximo de nosso escritório, potencializamos ainda mais o nosso tempo, nossos sonhos foram se realizando um a um, fomos conhecer os Estados Unidos, Disney, sempre viajando conhecendo hotéis, não abríamos mão de fazer o que gostávamos, afinal meu sonho de ser empresária seria justamente para que eu pudesse ser livre e independente em todos os sentidos.
Mas o tempo era implacável, com a doença do meu pai avançando, aos 54 anos ele foi diagnosticado com atrofia cerebelar tríplice, parecida com a doença Ella que paralisa todos os membros do corpo aos poucos e teria no máximo 5 anos de vida.
Lembro-me de passar os finais de semana fazendo almoço para eles com as comidas que gostavam, montava a mesa, queria criar memórias entre minha filha e os avós, afinal só teríamos mais alguns anos com meu pai. Minha mãe fez de tudo por ele, absorvia todos os problemas calada, foi uma guerreira, mas carregava um fardo pesado demais e foi então que ela faleceu repentinamente de avc, com 53 anos.
Naquele dia, Deus planejou tudo, três dos nossos freelancers que eram para trabalhar se acidentaram e eu tive que entrar na escala, pedi para minha mãe ficar com minha filha, ao levá-la até ela, entrei no carro e uma voz disse: saia e dê um beijo na sua mãe, eu sai imediatamente do carro dei o meu último beijo em minha mãe, ela de roupão com minha filha do lado, e fui trabalhar. Minha avó e minha tia disseram que naquele dia ela estava muito feliz, levou meu pai, já na cadeira de rodas, na casa da minha avó que era na rua do lado e com minha filha ali, brincaram.
Liguei para ela ao sair do evento, ela me disse para buscar a Bia no dia seguinte, que deixasse-a dormir com ela, então foi o que fiz, naquela mesma noite, as 2hs da madrugada minha tia Lenira passou na casa de minha mãe e viu a luz acessa, era de costume conversarem na madrugada, assim que minha mãe foi caminhando pelo corredor e se aproximando do portão, minha tia conta que o portão se abriu e ela desfaleceu em seus braços.
Ela se foi. Meu pai já paralisado, cerca de um ano e meio depois também se foi. O enterro do meu pai foi alegre como ele queria, eu e minhas duas tias, Lenira e Dinha, passamos a noite relembrando as peripécias de meu pai, dizia que queria ser enterrado pelado e de cabeça para baixo, apesar da dor, já tínhamos entendimento de que o sofrimento que ele enfrentava, sem minha mãe e totalmente paralisado, não era a vida que desejava, seus últimos 6 meses foi em uma cama de hospital, nossa comunicação era apenas pelos olhos, piscadas e um leve sorriso que ele esboçava com a face algumas vezes.
Um ano depois, agora era a figura de minha avó materna que também desapareceria desta terra. Os laços com minha família materna sempre foram fortes e mais uma vez nossa família sofria outra perda. Mas minha avó já tinha 83 anos de idade, então, por mais dolorido que fosse, era o fluxo normal da vida.
Em meio a tudo isso nossa família crescia, se fortalecia com as dificuldades, nunca nos paralisamos, no dia seguinte a morte de minha mãe já estava trabalhando, hoje compreendo que não me permiti viver o luto, mas por ser apaixonada pela minha empresa, preferia estar naquele ambiente, sentia estar honrando-os, sendo a minha melhor versão.
Ponto de Virada decisão muda destino
Quando se tem perdas consecutivas não é tão simples a superação, ver meu pai definhando aos poucos, confesso que foi a parte mais assustadora, muitas vezes vesti a máscara da fortaleza para suportar, mas um dia totalmente vulnerável em oração na igreja, depois de muitos questionamentos com Deus, e uma dor insuportável no peito em prantos, Ele me diz, filha fica em paz, sua mãe está comigo e me mostrou todo o cuidado e zelo que Ele teve, desde os dias de almoço em família, até o último dia, de poder me despedir dela com um último beijo. Só aí, meu coração se acalmou verdadeiramente e minha jornada de luto havia chegado ao fim.
Nessa jornada, aprendemos na dor a valorizar mais a presença, foi um tempo que começamos a visitar parentes distantes, tios e primos que não via desde criança, figuras especiais como a da minha prima Erika e seu esposo Robério, começaram a fazer parte de forma mais próxima da nossa vida, com o nascimento do seu filho Luan, que com muito orgulho eu e meu marido apadrinhamos. Novas vidas começaram a fazer parte da nossa história.
Hoje a vida e morte tem outra conotação para mim, lutei contra meus próprios pensamentos durante muito tempo, pensamentos esses de medo de perder mais alguém que eu amava, filho, marido, tias, aqueles que me restavam. A sombra da morte parecia sempre rodear meus pensamentos, ao longo dos anos, travei grandes batalhas com meus próprios pensamentos.
As nossas escolhas têm o poder de mudar nosso destino, os vícios, pensamentos e atitudes, que cultivamos em nossas vidas, podem nos aprisionar mudando totalmente o curso da nossa história, e essas escolhas fazem parte de quem somos, podemos não saber nosso futuro, mas podemos viver o presente momento com o melhor que temos hoje, deixar nossa vida mais leve mesmo diante dos problemas.
Vinda de uma família de fumantes e alcoólatras, tanto do lado materno quanto paterno, quando tive esse entendimento, busquei quebrar em minha linha geracional essas e outras maldições. Me coloquei na brecha para acabar em mim toda a circunstância de prisão, medos e vícios. Hoje luto uma batalha geracional e como primogênita declaro ter o poder para mudar a minha história e a da minha geração, declaro vida em abundância, saúde e liberdade em Cristo Jesus para mim e toda a minha geração entre todos os séculos em nome de Jesus!
Outro ponto de virada de minha vida foi a transição da empresa Doce Imagem para o ecommerci, empresa Setby Comércio. Já muito desgastados após 20 anos trabalhando com eventos, a foto e video já não era mais uma recordação para nossos clientes, havia se tornado exibicionismo e não era mais o que desejávamos, no auge da empresa entregamos ela ao irmão de meu esposo.
Nossos parceiros e nossos concorrentes não acreditaram. Mas assim decidimos.
E partimos em uma nova jornada com um casal de amigos que nos apresentou essa nova oportunidade, decidimos transicionar e assim o fizemos. Iniciamos a empresa do ponto zero e crescemos em uma velocidade fantástica, foram 4 anos intensos, mas que colhemos frutos inimagináveis. Estruturamos a empresa com os colaboradores certos, nossa carga horária diminuiu drasticamente, mesmo sendo um ramo com um alto risco pois vendíamos celulares onde os valores que girávamos não eram baixos, foi um período de tranquilidade em nossa vida.
Mas, identificamos que os lucros estavam diminuindo e tínhamos que tomar mais uma decisão difícil, fechar a empresa sem dívidas e com lucro enquanto era possível.
E assim o fizemos, mais uma vez era necessário outra transição.
Reconstrução mansidão apesar da turbulência
Nessa jornada da vida carrego valores e princípios, que não abro mão, a minha paz interior é o primeiro deles, mesmo em momentos turbulentos, Deus sempre foi e é o meu apoio e o meu sustento, Ele é a minha paz;
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:7)
Nessa reconstrução a procura de um novo ramo de atividade, estávamos experimentando vários mercados, criamos uma indústria de temperos e pimentas, visitamos leilões de imóveis e foi aí que conhecemos a bolsa de valores.
Iniciamos uma jornada de aprendizado pesada e mudança drástica, mudamos para Atibaia em janeiro de 2020, compramos a casa dos sonhos em um condomínio e durante a construção, moramos em um apartamento pequeno em uma travessa da av. Lucas, foram dias de tamanha felicidade, mesmo em um lugar tão pequeno, uma paz pairava sobre nossas vidas, eu voltava as minhas origens do passado onde morar no interior e que sempre fizeram parte de mim, agora dormia com o som das cigarras e acordava com os passarinhos, apesar do lugar pequeno e de toda essa transição fácil para mim e para meu esposo, mas extremamente difícil para minha filha, adolescente, mudar de escola, deixar os amigos. Também foi o ano que a pandemia chegou ao Brasil e tudo fechou, então foi visível a reclusão de minha filha nesse tempo.
O fato é que estávamos decididos e felizes, só faltava iniciar uma nova jornada empresarial em nossas vidas. Em junho de 2020 a casa ficou pronta e mudamos novamente, mas algo aconteceu.
Quando compramos a casa tínhamos a ciência de que havia uma estrada atras, porém arriscamos a comprá-la pois era a casa dos nossos sonhos e um bom negócio, mas estávamos em busca de tranquilidade e o barulho daquela estrada nos incomodava em demasia, não conseguimos permanecer lá, vendemos a casa e encontramos uma outra próxima ao centro da cidade. A casa não tem a vista que buscamos, mas tem o silencio e a tranquilidade que sonhamos.
Hoje, acordo todos os dias com o canto dos pássaros em minha porta, levanto-me e vou até a sala bem iluminada pela luz do dia, a impressão que tenho é que Deus me visita a cada amanhecer naquele lugar e O agradeço pela minha vida, pela minha família e por tudo que estou vivendo.


Capítulo 03
cura e transformação
O Novo Até a Eternidade
Eu costumo dizer que é um lugar para se envelhecer, não sabemos do futuro, mas seria muito feliz envelhecendo nesta casa.
Em janeiro de 2021, mudamos para a nova casa, Beatriz iniciaria na nova escola, que ficava há 5 minutos de casa, agora ainda faltava o nosso novo projeto empresarial para que as coisas voltassem ao nosso ciclo normal.
Em Atibaia começamos a procurar por um lugar para congregar, minha filha foi chamada para conhecer alguns lugares pelos amigos da escola e iniciou um novo ciclo de amizades na vida dela, para nós ela estar bem era um ponto crucial.
Conhecemos a igreja Lagoinha de Atibaia, e ali, logo que entrei fui tocada, assim como ela, fomos juntas.
Nessa igreja ela se batizou, um momento ímpar para nós.
Em paralelo iniciamos também um projeto na área da construção civil, junto ao projeto da bolsa de valores que parecia não fluir.
A vida de um empresário é uma montanha-russa de emoções e desafios. Desde a euforia da criação de um novo negócio até as angústias de decisões cruciais, a jornada empreendedora é repleta de nuances e complexidades. Um dos maiores desafios reside na capacidade de tomar as melhores decisões, muitas vezes sob pressão e com informações incompletas, assumir os riscos e ter a resiliência necessária para ser capaz de persistir.
Era novembro de 2022, um mês antes do aniversário de 15 anos de minha filha e a perca que tive naquele mês me impossibilitava de comprar um presente para ela, jurei nunca mais ter que passar por aquele sentimento de impotência que me dominava, tomei posse do meu título de filha do Pai que havia me esquecido, e as novas decisões que eram necessárias, após quatro anos, de estudo esmagador de jornadas exaustivas de mais de 12 horas, sem finais de semana, sem feriados, esgotada emocionalmente, abandonei a bolsa de valores, day trade, em uma decisão única e irrevogável naquele momento.
A realidade é que a experiencia da bolsa de valores, me dilacerou mentalmente por anos, mas também me fortaleceu, conheci pessoas pelo mundo todo, nossas percas financeiras foram bem significativas, mas hoje conheço como o jogo funciona e se aprendi na dor algo tão complexo como operar na bolsa de valores, atravessando todos esses anos em resiliência, eu posso tudo aquilo que Deus me permitir. Hoje atuo apenas como investidora em ações a longo prazo.
Jornada ele me conhece
Meu esposo já estava imerso nos estudos sobre marketing digital, um campo repleto de oportunidades e diversos caminhos. Conhecendo-me bem, ele estudava próximo a mim, na esperança de despertar meu interesse pelo negócio, e foi exatamente isso que aconteceu, iniciei uma nova jornada empreendedora. Começamos a estudar juntos, mesmo estando mentalmente esgotados pelo nosso antigo projeto, não podíamos parar. Tudo era muito novo para nós, compramos diversos cursos renomados e começamos a aplicá-los em nosso dia a dia.
Algo que não esperávamos era compreender tão profundamente as necessidades desse mercado e perceber que ele se encaixava perfeitamente com todo o nosso conhecimento acumulado ao longo dos anos. Ativada e guiada por Deus, lancei um projeto chamado "Juntos Somos Mais Fortes", um blog onde as pessoas podiam compartilhar suas histórias com o mundo.
Desse blog, surgiu meu primeiro livro, com 27 histórias diferentes e quase 500 páginas. Através dele, conheci terapeutas que me trouxeram uma nova perspectiva. Percebi que o mundo dos negócios online e do marketing digital trazia uma nova roupagem, mas fundamentava-se nas mesmas bases que sempre conheci e vivenciei.
Nascia nossa nova empresa nessa jornada, conciliando nosso tempo com a construção civil, fomos descobrindo novas formas de ajudar empreendedores pelo mundo a iniciar seus negócios de forma estruturada e consciente, o marketing digital se tornou um veículo potente para um desenvolvimento mais rápido e estratégico dos negócios.
Conheci minha parceira nessa jornada terapêutica, Mel Sousa, e através da construção do projeto Terapeuta do Futuro, conseguimos oferecer uma estrutura de negócio personalizada para cada terapeuta, desenvolvendo mecanismos para que elas possam se sentir seguras em seus atendimentos, oferecendo a evolução necessário para seus pacientes e fazer crescer o seu negócio.
Meu objetivo hoje é ajudar terapeutas a saírem da informalidade e estruturarem seu negócio de forma sólida e profissional.
Em meio ao projeto Terapeuta do Futuro, nasceu a empresa Criar e Postar Assessoria que já estava em uma incubadora passando por testes há alguns meses.
Impactando Vidas semeadura
Acredito que por todo lugar que passamos é gerado um determinado impacto, mas a frequência desse impacto é determinada por cada uma de nós. Percorrendo esse caminho, sempre observei se o impacto que estava causando era aquele que eu almejava.
Quando iniciamos a Doce Imagem, o impacto que desejávamos era o de poder recordar emoções, momentos vividos, memórias que atravessariam o tempo e pudessem permanecer através das gerações.
Na Setby Comércio, o atendimento de forma excepcional, a venda de um produto de necessidade por um bom preço, se unia a entrega da Palavra através dos livretos que adicionávamos junto ao produto. Muitos clientes nos retornavam agradecidos por aquele gesto simbólico, mas de muita importância.
Através do projeto da Bolsa de Valores, cultivei amizades e influenciei com a verdade do mercado onde outros plantam ilusões, até hoje tenho pedidos para continuar a ensinar devido as diretrizes que aplicava.
Nunca me imaginei impactando tantas vidas como no projeto dos juntos somos mais fortes, receber relatos de que com aquela escrita pessoas estavam se lembrando de memórias esquecidas, desbloqueando áreas das suas vidas, libertando lugares em suas mentes que se encontravam presas, foi verdadeiramente impactante para mim.
E agora com a Criar e Postar Assessoria, não está sendo diferente, quando recebi os primeiros relatos de mudanças e transformações percebi o quanto precisamos continuar e ampliar.
Frases do tipo:
- Se eu tivesse conhecido Karina Carandina, antes tenho certeza de que eu estaria voando muito mais alto...
- Eu tenho uma assessora que é os olhos da minha empresa, que cuida de mim, que me ajuda a enxergar com um olhar mais talentoso, extraindo de mim o meu melhor...
- Estou sentindo que o negócio está andando, estou sentindo que as coisas estão entrando no eixo, estamos construindo um ecossistema, estou me sentindo patroa, não estou mais me sentindo tão perdida...
- Com uma mentora igual a você não tem como não destravar...
- Deu muito certo! recebi um relato de uma cliente do tráfego pago que fizemos da empresa do meu esposo, “estava a procura e te encontrei no facebook”, essa foi apenas uma das clientes que fecharam 10 sessões...
Poderia descrever muitos outros casos, mas a questão é:
Qual é o impacto que você quer deixar na vida de quem se conecta com você?
Cultivar esse pensamento muda completamente a forma pela qual você se comunica com as pessoas.
Proporcionar uma direção estratégica e adequada para o desenvolvimento de cada negócio em fase de crescimento e expansão, é um objetivo plenamente alinhado com a trajetória de uma mulher que iniciou sua jornada empreendedora aos 16 anos de idade e desde então, nunca cessou seu avanço.
Com uma carreira marcada pela determinação e inovação, possuo a experiência e a visão necessárias para guiar outros empreendedores rumo ao sucesso, aplicando os conhecimentos adquiridos ao longo de uma vida dedicada ao desenvolvimento e aprimoramento constante de minhas habilidades empresariais.
A nova karina Carandina
Ao longo de toda a minha vida, cultivei a felicidade de meu pai e a disciplina de minha mãe. Cresci em meio a uma família dominada por vícios e marcada por perdas, mas sempre cercada de amor e união. Dentre as perdas novas vidas também nasceram e assim uma nova geração chegava.
Aprendi muito cedo que nossas ações sempre são acompanhadas de reações, devido ao meu instinto de liderança, muitas vezes essas ações me colocavam em grandes enrascadas, mas também me levaram a lugares que nunca imaginei fazer parte.
Sonhadora como meu pai e implacável como minha mãe, assim eu cresci, me desenvolvi, chorei e sorri. A cada desafio superado, tornava-me mais resiliente e determinada a buscar meus objetivos. A adversidade moldou meu caráter e fortaleceu minha vontade de triunfar.
No decorrer dos anos, usei as lições aprendidas em casa para construir minha trajetória profissional. Encontrei no empreendedorismo uma paixão que me permitiu transformar dificuldades em oportunidades. A coragem para sonhar grande e a perseverança para realizar esses sonhos tornaram-se meus maiores aliados.
Hoje, olho para trás com gratidão por todas as experiências que vivenciei. Cada passo, seja ele em falso ou firme, contribuiu para a pessoa que sou agora.
Agradeço a minha família pois sempre entregaram e entregam até hoje o melhor deles, para mim. Agradeço ao meu marido que me ama como eu sou, que teve todo o zelo de me permitir brilhar, sempre respeitou quem eu estava me forjando para que eu não perdesse a minha essência e que em cumplicidade e amor cuida de mim. Agradeço a minha filha por me ensinar a ser uma mãe melhor a cada dia, por permitir que eu faça parte do seu crescimento, das suas vitórias e derrotas.
Continuo a nutrir o desejo de crescer e de fazer a diferença, inspirada pelo amor incondicional da minha família e pela minha própria capacidade de superação. Com a visão clara de um futuro promissor, sigo determinada a enfrentar novos desafios e a abraçar cada nova oportunidade com a mesma paixão e determinação que me guiaram até aqui.
Sou uma mulher sem arrependimentos e sem máscaras, simples, mas complexa; forte, mas frágil; rígida, mas também flexível; segura, mas também vulnerável. Sou eu, filha do meu Pai, Aquele que me deu o sopro da vida. Sou grata pela vida que Ele me permitiu escolher.
Só agora tenho a clareza do porquê Deus me presenteou nessa nova jornada com uma frase que se tornou meu combustível “Nada me para”, porque, a frase “Tudo para a honra e glória do Senhor” sempre esteve em minha caminha e por um momento havia me esquecido dela!
Hoje
“Nada me para, pois, tudo é para a honra e Glória do Senhor!”
Qual é a sua frase?




Sou uma mulher apaixonada pela família que deus me presenteou!
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